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De olho na gestão financeira do negócio familiar

  • Foco Rural
  • 22 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

No nosso artigo anterior falamos da profissionalização do negócio familiar e apresentamos uma série de itens que integram um acordo societário. Dentre os itens apresentados a implantação de um sistema de controles gerenciais, especialmente na área financeira, constrói estabilidade, segurança e confiança nas relações societárias. Uma sociedade, especialmente a partir da segunda geração, vai continuar sólida e próspera se houver transparência na gestão dos recursos financeiros. Vamos abordar neste e nos próximos artigos, aspectos da gestão financeira que ajudam a analisar o resultado dos negócios e a prestar contas com transparência para a sociedade familiar.

A propriedade rural deve ser encarada como uma empresa, produtora de bens e serviços. E, como empresa o objetivo é produzir economicamente, ou seja, com lucro. O lucro é aquela parcela de preço do mercado que supera os custos de produção. A gestão financeira, portanto, se destina a conhecer o lucro das empresas e se utiliza de técnicas, pesquisas, planejamento, orçamento e controle.

É preciso enfatizar que a mensuração dos resultados do negócio, dependendo do uso a que se destinam, podem adquirir diferentes aspectos. Para o produtor, o levantamento e a escrituração dos custos e receitas auxiliam na busca dos seguintes fins:

1. Determinação dos resultados financeiros das diferentes atividades de sua exploração, avaliadas por unidade de área, por unidade de uso da mão de obra, ou capital aplicado, segundo diferentes condições naturais, físicas e econômicas. Isto é o que faz cada resultado ser único, relacionado com a realidade onde ele é gerado.

2. Na descoberta das causas ou motivos das variações do custo unitário das diferentes atividades ou de uma mesma atividade, plantadas em áreas distintas, dentro da mesma empresa.

3. No estabelecimento de padrões de eficiência, a fim de estabelecer um ponto de referência para melhorar o rendimento ou reduzir os custos.

4. Na averiguação de procedimentos técnicos e gerenciais mais aconselháveis.

5. No planejamento das necessidades e uso de recursos da empresa, estabelecendo um eficaz orçamento, calendário de atividades e utilização dos fatores de produção.

O desempenho da empresa pode e deve ser medido por meio de vários indicadores combinados entre si, tais como: faturamento, preço de custo, custo em produto, produtividade, resultados financeiros e econômicos, retorno do capital investido, capital de giro, grau de endividamento, índice de liquidez corrente e geral.

O modelo de gerência por indicadores toma como ponto inicial de planejamento um conjunto de indicadores, que vão orientar o diagnóstico, a análise, a identificação de causas, a proposição de ações estratégicas, a quantificação das metas e o tempo. É um processo de aprendizagem permanente que confere objetividade às decisões dos envolvidos na promoção do desenvolvimento da empresa.

Um sistema de indicadores é um conjunto ordenado de medições que reflete com fidelidade o desempenho da empresa. A preocupação básica é saber onde podemos melhorar.

Um sistema de indicadores eficaz tem as seguintes características:

· Concentra-se em poucas medidas essenciais e não em muitas medidas irrelevantes.

· As medidas essenciais são aquelas que refletem a visão e missão da empresa.

· A coleta de dados deve ser simples, direta e incorporada aos processos de trabalho.

· O sistema deve ser revisado e adaptado periodicamente.

Vários procedimentos são adotados pelos produtores na gestão financeira de suas atividades, de maneira simples consideramos eficaz um sistema que utilize das seguintes ferramentas:

· Balanço Patrimonial:


com o objetivo de avaliar a saúde financeira do negócio.

· DRE – Demonstrativo de Resultados: com o objetivo de avaliar os resultados aferidos pela exploração dos negócios. Está vinculado diretamente com uma boa gestão de controles financeiros.

· Fluxo de Caixa (orçado e realizado): buscando equilibrar as entradas e saídas de recursos no tempo, facilitando a gestão do caixa.

· Orçamento: buscando identificar as fontes de origem e uso dos recursos e disciplinar a gestão comercial e de custos.

Nos próximos artigos abordaremos cada uma destas ferramentas, analisando como utilizá-las e como elas nos auxiliam na principal função do administrador que é a tomada de decisões.



 
 
 

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